22.8.11

Irresoluto

Tenho medo do que mencionam, das minhas caras que andam fazendo, do jeito como me olham, das palavras que não saem. É saliência que pedia em sobressair, mas que aos poucos e por muito tentar foi esvaindo dos sorrisos. No dia seguinte, você senta, sentindo receio de si por estar sentindo, e as palavras não ditas que não se deixam ser absorvidas. Não tem muita relação com a nostalgia; tem direções para um lugar que ainda não se viu. Eis o medo. É a vontade de tentar, mas de estar atento com as percepções alheias; é ser alheio. De alguma maneira, você desacredita no momento, mesmo sentindo... Por um lado, tenho palavras para serem ditas, por outro, elas preferem estar assim. Acabo por confundir a cor dos olhos, que se atrapalham no abraço. Parece encalço, tempos desalinhados que correspondem com a mesma intensidade, à vontade.

Um comentário:

  1. Creio que seja necessário uma resolução, um dizer suas palavras que não estão sendo absorvidas, talvez escutando-as ao vento seja mais fácil. Sendo assim, não se perderá em outros abraços, nem confundirá os olhos.
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    O que te/me faz é poder olhar nos olhos e saber que está tudo certo.
    "It's all I have to tell you to say."

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