tag:blogger.com,1999:blog-18061043087919397992024-03-05T14:04:58.112-03:00ScherazadeNatulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-80734083633056508742013-03-04T22:35:00.000-03:002013-03-04T22:35:28.453-03:00Objetivo: não tê-lo<div style="text-align: justify;">
E por mais que ela estivesse disposta, parava pelo tempo tentando enxergar o brilho que não mais existia em seus olhos. Sua vida possuía delimitações comuns e isso a encantava ainda menos, de modo que tudo o que desenvolvia não passava de meras ilustrações de uma adolescente apaixonada num momento de desilusão. Não havia história, datas ou épocas que pudessem ser relembradas. Ela não gostava de relembrar, principalmente dos seus objetivos tão frustados de vida. No espelho costumava comparar seus traços ao de Macabéa (personagem da obra A Hora da Estrela, de Clarice Lispector), tão ralos e sem vida. O roteiro que compôs, ressaltando-se ainda que fora num dos períodos mais tumultuados de sua vida, fez com ela se tornasse mais nostálgica por sua infância e completamente pisoteada pelo mundo, especialmente, quando vira que não havia grandiosidade em todos; ela precisaria se destacar, mas sua pele não reluzia, nem sequer fazia qualquer referência próxima. Em tantos questionamentos, fizera-lhe um que a fez apagar tudo o que já havia escrito até então: Por que, então, se programar?</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela precisava deixar o amargo da vida, abraçar alguém que estivesse tão disposto quanto, reconhecer que não dava mais para escrever acreditando que influenciaria da mesma forma que acontecera com ela. Depois, tudo virou uma questão de repetição, de corpo acostumado com o exercício e modificado pela prática. A convivência foi gerada inutilmente, o contato nunca existiu e tudo não passou de um esforço não considerado. Ela não queria morrer, mas viver, da maneira como a vida lhe fora apresentada, também não fazia questão. Dispunha-se em correr os riscos, em atuar mais com o velho e torto sorriso de sempre. Enquanto não bastasse, ela mentiria, porque preferia encarar uma realidade superficial do que realidade alguma. Depois de anos de pouca compreensão, o rosto simples e pouco maquiado foi abrindo fissuras num estado de ser, mitigado por sua própria desenvoltura. </div>
Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-27304900193995123162012-05-21T22:19:00.000-03:002013-08-21T23:04:18.246-03:00A passagem de um sem rumo<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 115%;">Ao delimitar meu tempo, tive silêncios mais
abruptos e relevantes que pude imaginar, e como não nos damos sem reciprocidade
(algo que sigo fielmente), não vejo porquê trazer à tona palavras que deveriam
ser outras. Possivelmente, terminarei meus livros, e demais pretensões, sem
mais sujeições ou riscos; anseio por uma nova bagagem de experiências e, no
entanto, reflito em medo em não encontrar chão. Mesmo com o estômago
embrulhado, sinto que está sendo uma necessidade, posteriormente esquecida ou
amargurada. Apesar de não conseguir reconhecer meu futuro, tê-lo já é uma
dificuldade, da qual não me escondo, mas com a qual ainda não sei lidar.
Torna-se inesperado os momentos que imaginamos hoje, e os sabores que terão, assim
espero, sejam puramente ocasionais. Por mais que a adaptação humana esteja
pouco condicionada, a situação a que me permito está menos adiante que o
programado. É a necessidade mais lógica e minha de estar em dois lugares
simultaneamente, porque, por mais que queiramos algo totalmente novo, há sempre
outro algo que te impede preferencialmente de se livrar do já vivido. E sim,
quero abraçar o mundo e alcançar tudo o que eu puder, rememorando o que já fui,
na intenção de aprimorar os conceitos já construídos. Eu quero ser de um papel
relevante e ter vários destes em minha vida; quero ser introspectiva e cuidadosa</span>;
dar a meu tempo um momento objetivo.</span><o:p></o:p></div>
Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-81620842426540231612012-01-27T18:08:00.003-02:002012-01-27T18:35:21.315-02:00Para uma nova página<div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; "><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; ">Algumas teorias enfatizam a lembrança de que um dia foi certo e feliz. Basear-se nelas não deve ser a primeira intenção; não há delicadeza, fragilidade, ou mesmo anseio em esperar por uma circunstância que já passou. Talvez tenha entendido o que ficou em detrimento da saudade melancólica e temida. Não há muito que desculpar, as pessoas precisam mudar, algumas fazem isso sem nenhuma precaução, tanto que não parecem perceber o que mudou com elas. A maneira como os olhares são mencionados têm outro aspecto, tão distinto que às vezes não se vê sendo mencionado. Claramente, as personalidades que deixaram de estar presentes não costumam morrer, porque cada vez que essas novas explicitarem seu mau gosto, a lembrança será metafórica novamente, e usada sem receio.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; "><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; ">Desde que os contos findaram, a necessidade de contá-los tornou-se ainda maior, principalmente, quando a história parece se repetir. É de imaginar que as relutâncias de uma criança estejam maduras e imersas, e que não passem hoje de uma vontade desinibida de mudar. Sem esperanças que mudem, o mesmo corte sempre serve quando o formato facial permite que combinem; no entanto, não há porquê vivenciar o que há muito foi reservado para esquecimento, nem discutir o porquê de estar lá. Talvez contar nunca faça sentido, e nem sempre tenhamos a disposição de memorizar alguns detalhes. Isso não nos torna alguém memorável, apenas reflete o que não conseguimos fazer.<o:p></o:p></span></p></div>Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-47121879646176372602011-11-06T22:44:00.003-02:002011-11-06T23:26:12.820-02:00Sim, o nosso!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinyqzNu0wqIKh_MUC_919Rn0A7sEOhkC_63mgfjFbhXYLulQrRFbIBbkCzVElGE6-uH9GXnw3Q6T_8nn674tRCDnF_9NnXtB8Pfp3I9VJQKkl_EfMuFiekiOIB7-NZpMRIXrRX40HZ1WE/s1600/DSC00361.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinyqzNu0wqIKh_MUC_919Rn0A7sEOhkC_63mgfjFbhXYLulQrRFbIBbkCzVElGE6-uH9GXnw3Q6T_8nn674tRCDnF_9NnXtB8Pfp3I9VJQKkl_EfMuFiekiOIB7-NZpMRIXrRX40HZ1WE/s320/DSC00361.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5672049056710738514" /></a><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" >Obrigada...</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" >[...]</span></div>Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-49613148064490625462011-10-15T20:00:00.011-03:002011-10-25T21:51:06.800-02:00Nem sempre vira saudade...<div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal"><span style="font-size: 12pt; color: black; "><span class="Apple-style-span" >Vendo os dias sendo tão incertos, percebo que o tempo não se doa como antes no qual éramos pares de danças mais longas. Mesmo que o afeto ainda tenha uma esperança não findada em meu esboço, talvez exista alguma menção do que podemos ser. Por ventura, perco-me em lembranças, geradas tantas vezes, que pareço não ter mudado de tempo... E as marcações que havia deixado como lembretes para um futuro foram rendidos e surripiados por intenções que jamais conseguiram ser explicadas. Não quero que minha calma te diga algo, e sim, que você repita meus atrevimentos, quase esquecidos. Não permito que tenha minha necessidade realçada e repetida por sua boca; eu a quero transposta sobre mim, encurtando minha melancolia, deliberando em meu deleite.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal"><span style="font-size: 12pt; color: black; "><span class="Apple-style-span" >Contudo, comporta-se como se nada tivesse mudado... Como se suas mãos não tivessem deixado meu corpo, bem como sua inspiração, a minha. Eu não permito só olhadelas, eu já não o proíbo de me encontrar. Há algum tempo que venho tentando relembrar, sem excitações, o teu perfume, a aspereza das tuas palavras, a vulgaridade dos teus contos... No entanto, o apetite que me consome está prestes... E esteja! Desenhando tuas mãos em meu corpo nu, do mesmo modo que teus olhos imaginaram, com a mesma intensidade e intenções. Faríamos com que tudo o mais fosse apenas uma estória mal contada dos nossos dias inquietos, do mesmo modo como entendia seu sotaque libidinoso. É verdade que saímos sem pensar, sem notar que não estávamos sozinhos. Tão certo quanto não quero voltar, como não quero perder o gosto que acabou deixando em meus lábios, a fragrância por entre meus poros... Honestamente eu não tenho me portado diante das minúcias de nossas conversas, mas de algum modo tenho tentado fazer com que se lembre de que eu lhe perdi pela ideia que tenho de encontrá-lo novamente.</span><o:p></o:p></span></p></div>Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-11252102683820851612011-10-10T14:44:00.000-03:002011-10-10T14:44:40.861-03:00Pelos dias que já foram e que, por muito, ainda serão<div style="text-align: justify;">A ideia básica de estar não faz muito sentido, talvez pelas mudanças repentinas, pelos afetos mal explanados, pelos amores mal demonstrados. É uma questão de tempo e de segurança... Aí você acaba comprometendo o significado do que ainda permanece. Eu precisava de uma chance pra não provar as evidências. Quero me assegurar de não deixar lembretes em data esquecidas, em um dia, que com toda certeza, terão suas horas feitas de lembranças. O que estava perdido afinal de contas, ainda está. Como saber se o que eu quero realmente está lá atrás, ou se preciso de um pouco mais tempo pra perceber o que deve cobrir minha real razão?</div><div style="text-align: justify;">Seria como olhar a paisagem com cara dela, medir a esperança de uma vida findada... Estou disposta, ressentida pelos mesmos motivos que me culpo e que calo. (...) O esquecimento não é eficaz. É apenas sutil e falso, um fingimento inflado que condiciona o calor em que me suporto.</div>Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-19458211809599279572011-08-22T16:50:00.007-03:002011-09-19T20:53:42.800-03:00Irresoluto<div style="text-align: justify;"><font class="Apple-style-span" face="arial">Tenho medo do que mencionam, das minhas caras que andam fazendo, do jeito como me olham, das palavras que não saem. É saliência que pedia em sobressair, mas que aos poucos e por muito tentar foi esvaindo dos sorrisos. No dia seguinte, você senta, sentindo receio de si por estar sentindo, e as palavras não ditas que não se deixam ser absorvidas. Não tem muita relação com a nostalgia; tem direções para um lugar que ainda não se viu. Eis o medo. É a vontade de tentar, mas de estar atento com as percepções alheias; é ser alheio. De alguma maneira, você desacredita no momento, mesmo sentindo... Por um lado, tenho palavras para serem ditas, por outro, elas preferem estar assim. Acabo por confundir a cor dos olhos, que se atrapalham no abraço. Parece encalço, tempos desalinhados que correspondem com a mesma intensidade, à vontade.</font></div>Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-59060833841672723692011-05-17T08:53:00.002-03:002011-05-17T12:29:27.236-03:00... às clarasEu respeito a poesia pela ternura e ousadia que atrai e destrói; gosto da insensatez que revela debilidade, mas que difere do casualmente esperado. Prefiro o tamanho do desespero se desenvolvendo em palavras mais que o silêncio por inúmeras vezes interrompido sem cautela. Ainda mais, espero escrever num dia de sol sobre a cascata de sentimentos que se incorporam quando o que mais queremos é a realeza de um descanso. Talvez recompor as ideias, talvez repor a atividade em toda essa ociosidade. Não se espera que tenhamos sorte o suficiente para acreditar nos bons desígnios do sucesso. Indubitavelmente, ele é fugaz. Despede-se com desalento e adormece quando abrimos os olhos. Com tanta coragem pra não desamparar a rotina, esquecemos de ter um breve diálogo. Não há qualidade de tempo; há apenas ele sendo gasto, sem marco inicial e sem finais felizes. Parece inóspito e exacerbado... E de fato, é. Sem escapatórias, e sem constatação de vontade. Esse carinho refinado com agonia redigita erros disfarçadamente esquecidos, com feição de que certamente não serão.Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-81410631569835932882010-11-22T20:50:00.004-03:002011-01-03T22:10:23.435-03:00"O desespero de estar num tempo adequado é mais voraz e independente que a escolha. Vivenciar é um modo de separação entre os dois bens comuns. Não dá pra diferenciar a vontade da certeza e adiantar seus relatos de vida certamente consistentes. Analogamente, se dispersa do que fora disciplinadamente condicional, como se a regra, ou a própria exceção, não pudesse optar pelo sóbrio ou pelo intrinsecamente ludibriado. [...]”.Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-14885697284548756752010-10-10T14:56:00.003-03:002010-10-10T23:32:51.833-03:00Tendência<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj95MRqHqDx3MAOk4R3qbCLQ4IzvB09HnsXtjU8F8RIp8ioeZw7YjA_cdy8Gio6lLj-3WqNEAkwDiLn6h5Cbr7T7GgXfxcfTNRguDxLslxWhKJYLbHfe_OIovrrdOHh2A7pTWC0XOdWrcA/s1600/P909004001.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj95MRqHqDx3MAOk4R3qbCLQ4IzvB09HnsXtjU8F8RIp8ioeZw7YjA_cdy8Gio6lLj-3WqNEAkwDiLn6h5Cbr7T7GgXfxcfTNRguDxLslxWhKJYLbHfe_OIovrrdOHh2A7pTWC0XOdWrcA/s320/P909004001.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526609750140988594" /></a><br /><br /><br />"..., e enquanto tudo perdurar, jamais se perderá o constrangimento."Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-12794473580245306242010-09-21T23:48:00.003-03:002010-10-07T09:50:19.124-03:00Depois do tato, a aversãoÉ poder olhar como se beija e ter a sensação de estar sendo invadida; faz com que passemos de modo completamente real a algo totalmente abstrato. Não garante que tenhamos chance, não permuta a ideia, nem se esconde das palavras. De certo modo, tudo precisa de sinceridade, ou reconhecer o medo de errar comigo mesma. Chega por meio de precauções que foram despertando interesse em saber se faz sentido permanecer. Ter bons sonhos parece rotina de quem não sonha. Como acreditar que poderíamos concluir sem a menor expectativa de prosseguir. Não nos parecemos mais. Falta disposição, renúncia, sensatez... O que pode não impedir os rumos que temos.<br />Das certezas que ainda me restam, nada passam de incertezas meramente vistas; personagens sem cena, sustentação do meu próprio defeito. É nisso que encontramos o desejo fiel de pensar em nada; entretanto, o pensar tornou-se tão resumido que mal se espera ser compreendido. Em se tratando de poesia, os versos perderam a imortalidade; são novamente solúveis em temporadas longas de frio. E sem estímulos consequentes da cor, o dia não revela atração, nem a pele, a vontade.Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-67580006388087420472010-04-05T20:39:00.002-03:002010-04-05T21:04:15.979-03:00[...]<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhML0z52HND7UcXbnrIZjaLtrZlICu_bFmNvNoTYAfLrmG7_ynYAFdiEUaChYB9LEQ2Rc2TQC3Q9Hm07SOGyo1Dnsjxom344BN1MsYd0USg2QwFjZ_APvXi0aaZBS87rtRF0To2tUhH-i0/s1600/Clarice+perder.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 301px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhML0z52HND7UcXbnrIZjaLtrZlICu_bFmNvNoTYAfLrmG7_ynYAFdiEUaChYB9LEQ2Rc2TQC3Q9Hm07SOGyo1Dnsjxom344BN1MsYd0USg2QwFjZ_APvXi0aaZBS87rtRF0To2tUhH-i0/s320/Clarice+perder.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5456808538307887410" /></a>Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-88861693776853552602010-04-05T18:34:00.003-03:002010-04-05T19:08:15.668-03:00à MargemUma questão de reinventar o meio termo. Remetendo soluções pouco teóricas ou, até mesmo, cedendo em função da terceira possibilidade: uma saída rápida da inércia do antigo movimento. Tratava de repor o que ficou dito pela manhã e não engasgar mentirosamente com a saliva. E embora pareça vulgar minha infidelidade, meu constrangimento não me encara com culpa. Culpa essa que não inverte nem se apodera dos fatos. A semana não deixa de estar cansada e quando disposta descansa... Semelhante a rima de bêbado que prefere a absolvição dos pecados à falta deles; a falta de silêncio e conversa. Ao prestar atenção no que realmente se tem de significativo há algo indicando esterilidade. Tesão abatido pelas palavras mal usadas que, até então, não eram necessárias. A partir daí que não há precisão nos gestos miúdos ou incapacita as mãos, ora trocadas, ora ferreamente gélidas. Permanecer nesse contrato de gentilezas escuras interrompe manifestações sinceras, invade civilizações seguras e reitera a claridade do caos. Isso talvez se repita em condições favoráveis, quando retratos permitirem considerações mais evidentes que a fome; moda de competitividade, de escassez e fim. São apenas reações alérgicas e escapes emocionais; a elegância do egoísmo e o altruísmo ponderado.<br />Poderia – tão quanto não é – ser menos feio.Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-6403262798502779992009-09-18T15:44:00.005-03:002010-02-05T00:30:30.096-03:00Disposição de poucas tentativasE o que parecia ser um rápido fim de semana, desmembrou-se em dias ocos e desnutridos. Reflete o que amanhã não vai mudar; e com a mesma certeza de ontem, tudo vira uma mera sequência lógica de fatos. Nitidamente, as pessoas emergem, e você pode até se estabelecer, o que não passará de movimentos de socialização inteiramente inconsciente. O mesmo método aparentemente adequado que não montam consequências previsíveis. Mas sua vontade, ainda assim, é de poder gritar... Percebendo até que nada a impediria. Talvez não seja momentânea a frase que agora quer sair; talvez seja mais longa e áspera, tanto quanto espero que seja. Sem informações nutridas, me faço o favor de não tê-las.<br />Parece que assim emito meu papel oculto em milhares de lacres e a única questão que fazemos está em achar que encerramos algo. É dessa maneira que tenho lidado com meu ar estranhamente sufocado; e pra não deixar de estar aqui, em dúvidas e conclusões medianas, saúdo minha capacidade de não saber por onde começar uma boa e falsa justificativa.Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-56803506153210774872009-08-31T23:16:00.002-03:002009-08-31T23:24:56.706-03:00[...]<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Cai-se o dia com sombras e dúvidas.<br />Espaços soltos de uma mesma conversa... que some e me deixa ser, vertiginosamente.Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-12057859086955006632009-07-28T00:54:00.008-03:002009-08-30T00:32:28.222-03:00Lição de amor numa noite vaziaBreve intervalo.<br />É apenas disso que precisamos. Dá-nos as costas propositalmente, sem mover arrependimentos futuros, nem reanimar os fatos com viseiras. Vai sendo a forma agradável de deixar que os desatinos se encaminhem. Nada de tão errôneo que possa ser percebido ou que por ventura afete nossa mitologia. Daqui, saímos com poucos detalhes do que tínhamos. Torna-se efêmero, como a vida que irrevogavelmente temos.<br />O que sobrou limita-se a uma mesa com duas cadeiras; uma, vazia. E a sua meia taça de vinho que não me saboreia; é um tinto pigarro de incômodo. Excede a música sem arrancadas maiores; excede o corpo, ligeiramente molhado pela falta de excitação; excede o frio adoçado com lágrimas que não possuem qualquer tipo de dificuldade em se mostrarem fugazes e férreas. Perco o perceber dos fatos, e deito-me numa cama também vazia. Escutamos e indagamos nossas vaidades até que chegue... Que demora, anoitece, e demora... Dói, nova e rapidamente. Sem ritmos frenéticos, bebo do tesão que ainda me resta. Como quando você não soube mentir, e eu, que tanto havia me dispersado por importunidades, acabo por explicar fins por supostos meios. Alguns confiam que seja injusto, outros, uma conclusão precipitada e até certa. O mais seria uma forma inestruturada de decidir fatos que seguem sem sede alguma de decisões. Freios que coincidem com minha falta de lugar; que desarranja minha casa e teus pratos. E ninguém sente. [...] Com o tempo a noite vira, o sol reage e o dia torna a virar noite, que não muda de vício.Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-8411799507531468452009-02-18T23:26:00.004-03:002009-05-22T09:12:25.853-03:00CatarseDeu pra agonizar outra vez. Fora tão ríspido aquele instante, como vem sendo os outros. Não é carência de viver sobriamente, e sentir o coração latente e o sangue perpassando em cada dilatação. O inchaço que sobressaltou minha face não era das melhores escolhas de um dia. Tive que reformar minha miséria e não sentir piedade do meu próprio sentimento. E ele já nem é tão meu...<br />Ainda assim não devo lhe contar. Não quero recomeçar minha vida daqui, nem acreditar que possa estar comigo. Eu pretendo ficar onde estou, sem injetar vigor, nem engolir essa estética; preciso ser mais fútil. Mas nada reembalsa minha melancolia; e para isso não preciso destilar ou soerguer esse episódio.<br />Sim. Fatídico.<br />É até constrangedor tudo isso. E o pior é que faz todo sentido. Não estou só há algumas horas daí; retrocesso tentando ser simpático.<br />E o tempo, que ficou desbotado por ele mesmo, distraem todos, sem meus dramas ensaiados. Parecem me deixar aqui, com o que sobrou dos encontros que um dia foram meus também...<br /><br />-Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-64497910140297381532009-02-09T23:35:00.002-03:002009-02-10T00:01:35.790-03:00AfoniaNão dá pra entender!<br />E já estou calejada nessa vida; e nem sequer me vejo apedrejada do outro lado da casa. Não parece com algo que eu queira achar parecido. Meu enlace solteiro não se dispõe a pingar sobre os "i". Toda forma de consulta psicológica é constrangedora, não se diverte de sala em sala, nem fica estacionada na varanda. Às vezes não acredito que tenha vindo de uma gestação tão vulgar; o que nunca deixou de me excitar. Alguns acreditam que é muita precaução e subordinação pra viver. Eu acredito na futilidade da estética que alimento.<br />Todo corte mal pintado e unhas ligeiramente borradas não são propositais. Ou talvez um estímulo pra não esquecer de mudar. A cerveja de ontem me garantiu novas rugas, e meu salto, um bom motivo para não vê-lo mais...<br />Depois daí, não apareceram outros... até agora. E eu fiz questão de não atender mais a porta. Ela está precisamente trancada, sem pretensão alguma de encontrar novamente as chaves...Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-22835365170665968732009-02-09T00:21:00.000-03:002009-02-09T00:55:12.317-03:00.interstícios de noite.Emprestaram-lhe o dicionário errado, com a minha própria assinatura. <br />Eram quase 04h00min da manhã quando essa idéia mesquinha me fez abrir o armário pra tentar comer e talvez vomitar depois. Isso soa estranhamente peculiar.<br />Minhas idas pelas ruas da Santiago não têm sido favoráveis, o que, aliás, reflete em minhas mudanças casuais de expectativas. Costumo franzir o cenho duas vezes ao dia, e isto teve um salto extraordinário para duas em cada dez minutos. Não, não me parece espetacular. <br />Minha história não tem muito em comum com sua letra, nem com aquele caderno surrado do último ano. E mesmo sem achar graça, dá pra rir. Por um lado é até engraçado! Bem que naquela foto minha feição não era das melhores; o que meu cansaço nem se deixou por importar. Sem balançar meu corpo, dá até pra ver a tua pintura seca daqui... Indubitável, como pude ouvir agora.<br />Tão triste como a falta que me faz o gingado do solo ameno e perplexo. Não era meu, e mesmo que fosse já faz um bom tempo que não quero falar sobre o assunto.Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-53721722037787967052009-02-07T17:27:00.003-03:002009-02-07T18:39:02.908-03:00Suspicaz.Eu andei com as mãos para trás desde cedo, sem distinção alguma do que sentia. Parecia cortar-me nas vertentes entrepostas mais à frente. Não sentia melhor por isso. Pelo contrário. Nada fluía como outrora, que não se trata de um tempo muito atrás. Corre-me de um espaço precisamente estranho. Neste dia eu não quis contar a minha vida aos inquilinos da rua; eram torpes e ingentis. Precisava de nada mais que um copo d'água. Parece muito? Pois foi. Atirei metade ao chão, e mal pude me conter com a lembrança que realmente me viera. (Estou ditando apenas um de vários dias nesse transe; algo de pouco interesse para o alheio, e para mim.) Não via por que continuar a caminhar assim... mas era confortável. O que, sinceramente, não sinto agora.<br />Não quero outra maneira pra pensar, nem outros limites que sejam estes meus, apesar de suas ressonâncias melancólicas. Pelo visto, a fragrância da vinho não me embriaga mais. Estou menos disposta que nos dias em que em minha sala não havia notícias. Tanto faz, se por um lado meus pés ressaem sem querer... <br />Eu ainda gosto da voz nasal que faz o meu quarto...Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1806104308791939799.post-81346800225489934972009-01-27T13:39:00.000-03:002009-01-27T13:41:57.306-03:00Feito.<div align="justify"><span style="font-family:arial;">"Não tinha ainda terminado a narrativa quando o dia começou a aparecer. Scherazade calou-se. O rei, visivelmente intrigado, perguntava-se como fazer para conhecer o fim da história. Quando Duniazade percebeu a luz da aurora, exclamou:<br />- Ó minha irmã, como é bela sua história. É maravilhosa!<br />- O que você acaba de ouvir - insinuou a narradora - não é nada comparado ao que proponho a revelar na próxima noite... Se permanecer viva e se o rei me conceder mais tempo para poder cantá-lo. Minha história comporta na verdade numerosos episódios, mais belos e mais maravilhosos ainda do que esses com que regalei a ambos."</span><br /></div><div align="justify"> </div><div align="right"><span style="font-size:78%;"><em>Khawam, 1994, p.57.</em></span></div><div align="right"><em><span style="font-size:78%;"></span></em> </div><div align="left"><em><span style="font-size:78%;"></span></em> </div><div align="left"><em><span style="font-family:arial;font-size:78%;">Boa sorte Natulcië... </span></em></div><div align="left"><em><span style="font-family:arial;font-size:78%;">heroiZIN</span></em></div>Natulciëhttp://www.blogger.com/profile/16737556340369686227noreply@blogger.com0